terça-feira, 1 de novembro de 2011

( Crônica) A Superpopulação 7 Bilhões ----- Decadente Abismo e a Crença















Herético e o herege, o barulho das máquinas ensurdecendo mais, as crianças em seus choros sincronizados, criam um barulho bonito como o do caos, abraçam essas ideias agonizante das super populações. Seus bilhões em seus pandemônios, uma guerra nuclear, seu dinheiro venenoso. Querem comprar meus sonhos? os vendo barato, neste nosso mundo capital e desnecessário. 
Venha cá, ouça o barulho das tesouras, cortando lhes a pele, remendando- lhe este sorriso na boca, tudo tão plastificado, como seus amores breves. As máquinas não se cansam, venham venham queremos mais amor, somos seus ídolos e pouco nos importamos, a estes estendi as bandejas de prata, para que sejam levados ao esquecimento, por sua futilidade nada marcante e mostrando o quão são fúteis.
Neste cemitério bonito, jorra petróleo e corpos, e ainda querem aumentar a população? vocês saciarão todas essas bocas, como? será que saciarão todos os desejo do alimento e do beijo ?os  deuses os saciarão?
Joguem-se nesta vala, peçam a algum deus para lhe garantir alguma vaga, algum emprego, vomitem sua indignação na face deles e paguem dízimo ao governo, vejam o que eles fazem com suas orações, irão corrompe-las as chamas do inferno(deixando claro que é mera criação humana).
Sintam-se cheio das graças divinas, combinem o prazo de validade, abrace a sua pequenez mediante estes seres, que a imaginação criou, ignore as proporções do  universo, se ache a suprema criação. A beleza que vem aos olhos humanos, nem sempre é  a beleza escancarada de suas vontades e sim, os que seus deuses determinam, certo? Errado, você que cospe os vermes e os engole, situe-se.
Nesta véspera de  finados sem Sol, a chuva é quem mais lhe dará afeto. Veja o chorume que escorre de seus olhos, são lágrimas de poluição. Morre planeta minúsculo, teus sulcos se aprofundam mais e mais velha Terra. Queres  amar a  tua desgraça, cuspa a corrupção, mate este vermes.
Confesso com paixão, que teu agonizar e o discutir é fútil, o serviço público, não remendará e nem costurará teus olhos, para que não vejas o funeral que se arrasta, ficará  tudo as claras, como sois que nunca dormem, nem terão  as noites saciadas pela lua, será sempre esta dolorosa a existência.  O que lhe devora, antecipa o encontro com o seu amor, sabemos todos que o Sol e a Lua, são um casal perpétuo, mas  tu Terra, serás engolidas por este falso amor, o Sol que te nutre, será quem decreta tua sentença, e  então como faremos?
Usinas tóxicas, desastres naturais, abracemos a morte com amor, para que tantos bilhões, se ao fim somos meros miseráveis, esterco para as covas das próximas gerações, que se procriam como pragas e ratos. Humanos que caminham no esgoto, o que quero lhes dizer, o por que desta raça, tão apaixonada, tudo isto é apenas uma breve passagem, e depois daqui, nada há para compensar a sua ruína. Então o porque de você existir, és apenas mais um número, teus pulsos estão marcados com os códigos de barra de um governo, tão mais fútil do que quem o  colocou no mundo, sem poder de escolher, se querias ou não sentir esta dor, queimar neste inferno de sonhos fúteis.
Arranque sua pele, deixe- nos usar como tapetes, não respire nosso ar, estes gases são tóxicos. Hecatombe sem sentido, abrace este crucifixo, esta sua salvação para lugar nenhum, torne-se o mártir deste sacrifício, use máscaras de gás. O barulho das máquinas não cessará, os tridentes com os quais se palitam os dentes, estão sujos com a regurgitação do seu ódio, sua indiferença.
 A crença não te melhora, a descrença não me melhora, faz apenas a névoa se adequar ao que sonhas e ao que discordo, suba no poste, pendure  uma corda lá, se enforque ou apenas observe a corda se desfazer com as constantes chuvas ácidas. Reze para a corda se destruir, reze para a corda se desgastar e se solte lá de cima. Não procure se infartar, com este rosto velho frente ao espelho que sempre manteve-se e procriou-se na fé, sintam o vazio de se entregar. Ao que seus olhos sabem que não existe.
 Os outros acham sua crença ridículas, assim como você os vê como sonsos, você afirma que estão indo pelo caminho errado,  nos daqui sentados, olhamos com clareza, quão ingênuas são estas crendices, concordamos neste ponto, nos diferenciamos, porque também achamos isso insustentável e infundamentável, a racionalidade é alo que permeia estes conceitos,não estamos acima de nada, muito menos abaixo. Apenas convivemos na mesma lama, somos demasiadamente humanos, e este planeta caminha para a decadência, o híbrido de caos e equilíbrio, que não se ajusta a nós e sim nós a ele, tem sido assim por bilhões de anos.
Venha quero meu beijo industrial,  quero este teu amor robotizado, após  tudo quero este seu corpo com gosto  de detergente, amacie este coração com marteladas. Chegamos a este ponto, reproduzam estes sentimentos em seus tocadores de música, defequem pela boca, toda a sua escrotice pessoal e existencial. Do esperma viemos a podridão voltaremos, seremos mais uma vez, matéria orgânica que compõe o universo e tuas plásticas, enfeitarão o caixão do universo.
Não culpo o capital, não culpo o socialismo, não culpo o sonho com igualdade, apenas acho utopia e penso que tudo isso já nos destruiu, quero apenas viver em paz. Regimes e ditaduras, já viemos longe de mais, não dá para voltar atrás, não aceitaríamos convivendo com o que já foi feito.
Esgotos antenados, com a tendência da morte, estuprando as tripas para podermos viver mais, somos a infecção, somos quem causa a dor do planeta, somos como vírus e bactérias que destroem os organismos, o que achamos que seja macro, é apenas o micro do micro de nossos átomos. É isso que somos, doenças humanas como nos deixam fracos, organismos resistam, sejamos superiores a suas vontades, superemos. Voltemos ao abismo de onde viemos, quão gloriosa é a decadência humana, embora não seja o caminho morrer. A principio, aceito doações amorosas, comprem-me sou seu sonho, paraíso perdido.Sou teu acaso e confusão. Absinto e a sanidade, o controle e a razão, vírus humano, o desejo ambulante que escarra.Apesar de tudo a vida ainda preserva seu dito valor.Chorem crianças chorem.


Por : A. Rodrigues

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