terça-feira, 14 de julho de 2015

Enterrado Vivo- Por A. Rodrigues

Que desagradável, este não foi um belo dia para morrer, na solidão da tumba gritos em vão, terror abafado pela terra. Ecoa o desespero em sua mente, já imagina os vermes se banqueteando subindo em sua pele, o cal lhe queima e seu desespero queima o ar, que triste fim. Gritos de dor enquanto abrevia ainda mais sua existência, se cortando nas lascas que se soltam em seu caixão. A morte mordiscando os lábios contente com o tutano que irá saborear Triste fim, inerte no chão. O oxigênio se finda, triste fim enterrado por engano naquele inverno profano não houve cruz para se agarrar.

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